terça-feira, 31 de março de 2015

ATRIBUTOS DE DEUS 1n

ATRIBUTOS DE DEUS

Parte 1 (N)                                            ELETRICISTA EM SÃO PAULO 11994458394 

A imutabilidade de Deus

Segundo Dagg, há grande semelhança entre os conceitos da eternidade e da imutabilidade de Deus. A eternidade exclui a idéia de sucessão e a imutabilidade exclui qualquer possibilidade de mudança.
A imutabilidade também está relacionada à perfeição. O que é perfeito não pode mudar para melhor nem para pior, pois se o pudesse fazer, não seria perfeito.
A imutabilidade de Deus diz respeito não apenas ao Seu Ser e atributos, mas também aos Seus propósitos ou planos. “Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Sl 102.27). Em Deus “não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1.17). “O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações” (Sl 33.11). “Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida... segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus...” (Ef 3.10,11).
 A imutabilidade não implica em impassibilidade ou insensibilidade por parte de Deus. O fato de Deus ser imutável em Seu Ser, atributos e propósitos não significa que Ele seja indiferente ao que se passa na Sua criação ou que não tenha algo que, em nós, conhecemos e experimentamos como sendo nossas emoções. Deus “é a origem das nossas emoções” (Grudem) e a Bíblia O descreve como sentindo algo semelhante ao que sentimos. “Não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4.30). “De ti se alegrará o teu Deus” (Is 62.5).
Embora, pela análise do se passa conosco, possamos ter uma vaga idéia de aspectos que Deus revela a respeito de Si, na Sua Palavra, não podemos concluir que aquilo que é descrito a Seu respeito seja exatamente igual àquilo que se passa conosco. Não podemos nos esquecer de que, tendo sido escrita para nós, a Bíblia foi escrita em linguagem humana e se utiliza, o tempo todo, de expressões antropomórficas.
Muitos têm dificuldade de entender que Deus não mude nos Seus propósitos, pois a Bíblia diz que Ele se arrepende, embora diga, também, que Ele não se arrepende (I Sm 15.11,29). Ferreira & Myatt citam uma explanação de W.L.Lane, que diz que muita dificuldade vem do termo grego (metanóia) que, na verdade, não é utilizado nem uma única vez, no Novo Testamento, em relação a Deus. O termo hebraico utilizado (p. ex. em Gn 6.7 como em I Sm 15.11,29) tem outros sentidos, como entristecer-se, ter compaixão ou consolar.
Na realidade, ele significa, literalmente, suspirar. Nos contextos citados, a palavra tem o sentido de suspirar de tristeza ou preocupação.
Isso nem de longe significa que Deus tenha sido pego de surpresa pelos fatos ocorridos, mas é utilizado para que possamos entender um pouco daquilo que se passa com Ele quando Suas criaturas agem de determinada maneira. Mostra algo semelhante à tristeza que sentimos diante de certos fatos. P. ex., em Êx 32.12,14 (mesma palavra empregada em Jn 4.2), “arrepender-se do mal... não significa dizer que Deus fez algo errado e se arrependeu, mas que na sua ira resolveu não enviar o mal (o castigo) sobre o seu povo” (Lane). Não podemos nos esquecer dos antropomorfismos utilizados para nossa melhor compreensão. Segundo Hodge, “as passagens das Escrituras que dizem que Deus se arrepende devem ser interpretadas com base nos mesmos princípios que aquelas que dizem que ele cavalga as asas do vento, ou caminha pela terra. Estas não geram dificuldade”.

Nota: Não nos esqueçamos de que Deus é incompreensível, embora conhecível. Se nosso conceito a respeito da infinitude de Deus não inclui claramente a nossa incapacidade de compreendê-Lo, teremos dificuldade de aceitar aspectos que Ele revela sobre Si. Isso pode levar-nos a concebê-Lo de modo diferente daquele por Ele mesmo revelado, ou a atribuir-Lhe limitações absolutamente inexistentes, ou até a duvidar da inerrância das Escrituras. Tenhamos sempre em mente que muitos dos atributos, incomunicáveis e também comunicáveis, de Deus são incompreensíveis para nós. O Ser de Deus, o Criador, é transcendentemente diferente de tudo o que foi por Ele criado. Ele não requer de nós que O compreendamos, mas que O adoremos e O glorifiquemos para todo o sempre!

EM BREVE PARTE 2 


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